Na última quarta-feira (8), a Câmara Municipal de Jacareí votou contra a proposta de instituir uma política permanente de castração de cães e gatos. A iniciativa, apresentada pela vereadora Sônia Patas da Amizade (PSD), foi rejeitada por sete votos a cinco. A proposta visava estabelecer um programa contínuo para controlar a população de animais na cidade.
Os vereadores que votaram contra a proposta foram Edgard Sasaki e Maria Amélia (PSDB), Paulinho do Esporte e Paulinho dos Condutores (Podemos), Valmir do Parque Meia-Lua (PP), Roninha (Cidadania) e Juliana da Fênix (PL). A decisão gerou críticas, especialmente de Sônia, que recentemente deixou a base de apoio do governo municipal.
Sônia, que se filiou ao PSD, criticou a administração do prefeito Izaias Santana (PSDB) por não apoiar adequadamente a causa animal. Ela destacou que, desde setembro de 2023, as campanhas de castração foram interrompidas, resultando em um aumento significativo da população de animais de rua.
A vereadora expressou sua frustração com a rejeição do projeto, afirmando que a decisão representa um retrocesso nas políticas públicas voltadas para a proteção animal em Jacareí. Ela enfatizou a importância da castração como uma medida mínima que a prefeitura deveria implementar para controlar a população de animais.
Em resposta, a Prefeitura de Jacareí anunciou que os mutirões de castração serão retomados em 25 de maio. Segundo a administração, o contrato com a empresa responsável pelos procedimentos foi encerrado em fevereiro, mas será renovado para dar continuidade ao programa.
A prefeitura informou que o último mutirão ocorreu em fevereiro deste ano, contradizendo a afirmação de Sônia de que as ações foram interrompidas desde setembro de 2023. Ao longo de 2023, sete mutirões foram realizados, atendendo cerca de 300 animais por mês.
O custo médio mensal dos mutirões foi de R$ 20 mil, e eles ocorreram em diferentes bairros da cidade. A prefeitura destacou que a retomada das atividades depende da formalização do novo contrato e da liberação do Conselho de Medicina Veterinária.
A decisão da Câmara e a resposta da prefeitura refletem a complexidade do debate sobre políticas de controle populacional de animais, que continua a ser um tema relevante e controverso em Jacareí.